Folha Paroquial 20.04.2025 — Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor  — Ano C

Missa

Domingo de Páscoa

Antífona De Entrada Cf. Sl 138, 18.5-6
Ressuscitei e estou convosco para sempre;
pusestes sobre mim a vossa mão:
é admirável a vossa sabedoria.

Ou Cf. Lc 24 , 34; cf. Ap 1, 6
O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia.
Glória e louvor a Cristo para sempre. Aleluia.

Diz-se o Glória.

Oração Coleta
Senhor Deus do universo,
que, neste dia, pelo vosso Filho unigénito,
vencedor da morte,
nos abristes as portas da eternidade,
concedei-nos que,
celebrando a solenidade da ressurreição de Cristo,
renovados pelo vosso Espírito,
ressuscitemos para a luz da vida.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I Atos 10, 34a.37-43

«Comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos»
É esta a segunda celebração da Eucaristia que o povo cristão faz depois da grande celebração da Vigília, na Noite santa. Durante a semana que vai seguir-se vai-nos ser proclamada a grande notícia que resume todo o mistério pascal e toda a fé cristã: Cristo morreu e ressuscitou, n’Ele todos os homens encontram o perdão dos pecados e o acesso a Deus. O Livro dos Atos dos Apóstolos vai acompanhar-nos na primeira leitura, ao longo de todo o Tempo Pascal, e vai mostrar-nos como a Igreja, o novo povo de Deus, nasce de Cristo morto e ressuscitado.

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias,
Pedro tomou a palavra e disse:
«Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia,
a começar pela Galileia,
depois do batismo que João pregou:
Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré,
que passou fazendo o bem
e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio,
porque Deus estava com Ele.
Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez
no país dos Judeus e em Jerusalém;
e eles mataram-n’O, suspendendo-O na cruz.
Deus ressuscitou-O ao terceiro dia
e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o povo,
mas às testemunhas de antemão designadas por Deus,
a nós que comemos e bebemos com Ele,
depois de ter ressuscitado dos mortos.
Jesus mandou-nos pregar ao povo
e testemunhar que ele foi constituído por Deus
juiz dos vivos e dos mortos.
É d’Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho:
quem acredita n’Ele
recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 117 (118), 1-2.16ab-17.22-23

(R. 24)
Refrão: Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria.
Ou: Aleluia.

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.

A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei de viver,
para anunciar as obras do Senhor.

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.

LEITURA II Col 3, 1-4

«Aspirai às coisas do alto, onde está Cristo»
Pelo Batismo, ressuscitamos com Cristo para uma vida nova, que nos dá direito de participar, um dia, com Cristo, na sua glória. Vivamos de maneira a tornar esse direito uma realidade.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses

Irmãos:
Se ressuscitastes com Cristo,
aspirai às coisas do alto,
onde está Cristo, sentado à direita de Deus.
Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra.
Porque vós morrestes,
e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar,
também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória.
Palavra do Senhor.

Ou 1 Cor 5, 6b-8
«Purificai-vos do velho fermento, para serdes uma nova massa»

A Ressurreição do Senhor é a sua vida nova em Deus. A sua passagem da morte à vida inaugura o mundo novo, que é para nós, desde o Batismo, a grande aspiração, já atingida em esperança, porque já possuída em graça. O que é velho passou.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos:
Não sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa?
Purificai-vos do velho fermento,
para serdes uma nova massa,
visto que sois pães ázimos.
Cristo, o nosso cordeiro pascal, foi imolado.
Celebremos a festa,
não com fermento velho,
nem com fermento de malícia e perversidade,
mas com os pães ázimos da pureza e da verdade.
Palavra do Senhor.


SEQUÊNCIA

À Vítima pascal
ofereçam os cristãos
sacrifícios de louvor.

O Cordeiro resgatou as ovelhas:
Cristo, o Inocente,
reconciliou com o Pai os pecadores.

A morte e a vida
travaram um admirável combate:
Depois de morto,
vive e reina o Autor da vida.

Diz-nos, Maria:
Que viste no caminho?
Vi o sepulcro de Cristo vivo
e a glória do Ressuscitado.

Vi as testemunhas dos Anjos,
vi o sudário e a mortalha.
Ressuscitou Cristo, minha esperança:
precederá os seus discípulos na Galileia.

Sabemos e acreditamos:
Cristo ressuscitou dos mortos:
Ó Rei vitorioso,
tende piedade de nós.

A sequência é facultativa e pode cantar-se ou recitar-se durante os dias da Oitava da Páscoa.

ALELUIA 1 Cor 5, 7b-8a
Refrão: Aleluia. Repete-se
Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado:
celebremos a festa do Senhor. Refrão

EVANGELHO Jo 20, 1-9

«Ele tinha de ressuscitar dos mortos»
O túmulo vazio foi o primeiro testemunho de que o Senhor não era mais um morto. Lentamente, mas firmemente, Madalena, depois Pedro e João, creem que Jesus ressuscitou dos mortos, e abre-lhes a esperança para a vida.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro
e viu a pedra retirada do sepulcro.
Correu então e foi ter com Simão Pedro
e com o discípulo predileto de Jesus
e disse-lhes:
«Levaram o Senhor do sepulcro,
e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo
e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos,
mas o outro discípulo antecipou-se,
correndo mais depressa do que Pedro,
e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.
Entrou no sepulcro
e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo
que chegara primeiro ao sepulcro:
viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura,
segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
Palavra da salvação.
Em vez deste Evangelho, pode ler-se o que se leu na Vigília da Noite Santa.
Nas Missas vespertinas pode ler-se o Evangelho de Lc 24, 13-35.

Meditação da Palavra de Deus: Reflexão

Peregrinos de Esperança, chegámos à meta. A Promessa foi realizada. Com a ressurreição de Cristo cumpre-se a nossa esperança imortal. O trigo caído na terra foi moído e triturado, mas deu muito fruto. E agora? Há algo mais a esperar? Há, pois não morremos e, enquanto vivermos, precisamos sempre de novas metas, de novas esperanças.

Com a ressurreição de Cristo abre-se um novo e inesperado horizonte de esperança para nós. Do túmulo vazio, porque Ele já lá não está, irrompe a esperança da nossa própria ressurreição n’Ele. Por agora, a ressurreição de Cristo faz-nos renascer pelo batismo para uma vida nova marcada pela fé n’Ele. Gera em nós o homem novo, renascido pela água e pelo Espírito. Mas é ainda muito mais do que isso.

A Páscoa de Cristo sendo uma promessa do Pai cumprida em Jesus para nós, é também uma Promessa ainda por se cumprir plenamente em nós. Na verdade, Cristo ressuscitou não apenas antes de nós, mas também por nós. E nós ressuscitaremos não apenas depois d’Ele, mas por meio d’Ele, graças a Ele. Então, a ressurreição de Cristo é o fundamento, a âncora, a fonte da nossa esperança na nossa própria ressurreição n’Ele. É o mundo novo que é recriado. A morte foi vencida. «Morte e vida combateram, mas o Príncipe da vida reina vivo após a morte (sequência pascal).

Se entramos na compreensão deste mistério, deste plano divino para nos fazer viver a vida plena, nós não cessamos de cantar: “Bendito seja o Cordeiro pascal que por nós foi imolado. Este é o dia que o Senhor fez. Exultemos e cantemos de alegria. Aleluia!”


EVANGELHO (facultativo para as Missas vespertinas) Lc 24, 13-35
«Ficai connosco, Senhor, porque vem caindo a noite»
O Evangelho não conta a Ressurreição, mas as aparições do Ressuscitado. De facto, a Ressurreição já não pertence a este mundo; é Jesus, o Crucificado, vivendo agora na glória do Pai, penhor e garantia da nossa própria passagem pascal, com Ele, para o Pai. É esta a nossa fé e a nossa esperança.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Dois dos discípulos de Jesus
iam a caminho duma povoação chamada Emaús,
que ficava a duas léguas de Jerusalém.
Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido.
Enquanto falavam e discutiam,
Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho.
Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem.
Ele perguntou-lhes:
«Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?».
Pararam, com ar muito triste,
e um deles, chamado Cléofas, respondeu:
«Tu és o único habitante de Jerusalém
a ignorar o que lá se passou nestes dias».
E Ele perguntou: «Que foi?».
Responderam-Lhe:
«O que se refere a Jesus de Nazaré,
profeta poderoso em obras e palavras
diante de Deus e de todo o povo;
e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes
O entregaram para ser condenado à morte e crucificado.
Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel.
Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu.
É verdade que algumas mulheres do nosso grupo
nos sobressaltaram:
foram de madrugada ao sepulcro,
não encontraram o corpo de Jesus
e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos
a anunciar que Ele estava vivo.
Alguns dos nossos foram ao sepulcro
e encontraram tudo como as mulheres tinham dito.
Mas a Ele não O viram».
Então Jesus disse-lhes:
«Homens sem inteligência e lentos de espírito
para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram!
Não tinha o Messias de sofrer tudo isso
para entrar na sua glória?».
Depois, começando por Moisés
e passando pelos Profetas,
explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito.
Ao chegarem perto da povoação para onde iam,
Jesus fez menção de seguir para diante.
Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo:
«Ficai connosco, porque o dia está a terminar
e vem caindo a noite».
Jesus entrou e ficou com eles.
E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção,
partiu-o e entregou-lho.
Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O.
Mas Ele desapareceu da sua presença.
Disseram então um para o outro:
«Não ardia cá dentro o nosso coração,
quando Ele nos falava pelo caminho
e nos explicava as Escrituras?».
Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém
e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles,
que diziam:
«Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão».
E eles contaram o que tinha acontecido no caminho
e como O tinham reconhecido ao partir o pão.
Palavra da salvação.

Diz-se o Credo.

Oração universal
Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo:
Neste dia santíssimo que o Senhor fez,
em que o Espírito nos torna homens novos,
oremos ao Pai, para que a alegria da Páscoa se estenda ao mundo inteiro,
dizendo (ou: cantando), com fé:

R. Pela Ressurreição do vosso Filho, ouvi-nos, Senhor.
Ou: Abençoai, Senhor, a vossa Igreja.
Ou: Ouvi-nos, Senhor.

1. Pela Igreja católica e apostólica,
para que se alegre santamente nesta Páscoa
e proclame que o Senhor ressuscitou,
oremos.

2. Por todos os que foram batizados,
para que aspirem às realidades do alto
e deem graças pelo seu novo nascimento,
oremos.

3. Pela humanidade inteira,
para que acolha a Boa Nova e a Aliança
que Deus lhe oferece em Cristo ressuscitado,
oremos.

4. Pelas famílias cristãs,
para que o Cordeiro pascal, que é a nossa vida,
as alimente com o seu Corpo e o seu Sangue,
oremos.

5. Pela nossa comunidade (paroquial),
para que cresça no amor a Jesus Cristo
e dê testemunho da sua Ressurreição,
oremos.

Deus santo, Deus da vida, Deus salvador,
que na Ressurreição do vosso Filho
destes ao mundo a vitória sobre a morte,
fazei-nos viver ressuscitados com Ele,
deixando-nos conduzir pelo seu Espírito.
Por Cristo, nosso Senhor.

73. Oração sobre as oblatas
Exultando de alegria pascal,
nós Vos oferecemos, Senhor, este sacrifício,
no qual tão admiravelmente
renasce e se alimenta a vossa Igreja.
Por Cristo nosso Senhor.

74. Prefácio PASCAL I da Paixão do Senhor O mistério pascal
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
que sempre Vos louvemos, mas com maior solenidade
(nesta noite – neste dia – neste tempo),
em que Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.
Ele é o Cordeiro de Deus que tirou o pecado do mundo:
morrendo destruiu a morte
e ressuscitando restaurou a vida.
Por isso, na plenitude da alegria pascal,
exultam os homens por toda a terra
e, com os anjos e todos os coros celestes,
proclamam a vossa glória,
dizendo (cantando) numa só voz:
Santo, Santo, Santo,
Senhor Deus do universo.
O céu e a terra proclamam a vossa glória.
Hossana nas alturas.
Bendito O que vem em nome do Senhor.
Hossana nas alturas.
Na Missa da Vigília Pascal diz-se: mas com maior solenidade nesta noite; durante a oitava: neste dia; depois da oitava: neste tempo.
No Cânone romano dizem-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai benignamente, Senhor próprios.

Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se também as comemorações próprias.

75. Antífona da comunhão cf. 1Cor 5, 7-8
Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Aleluia.
Celebremos a festa com o pão ázimo da pureza a da verdade. Aleluia.

76. Oração depois da comunhão
Senhor nosso Deus,
protegei sempre com paternal bondade a vossa Igreja,
para que, renovada pelos mistérios pascais,
mereça chegar à glória da ressurreição.
Por Cristo nosso Senhor.

77. Para a bênção final, no fim da Missa, é conveniente que o sacerdote utilize a fórmula de bênção solene proposta na Vigília Pascal:

Nesta noite (neste dia) solene da Páscoa,
Deus todo-poderoso vos dê a sua bênção
e, em sua misericórdia, vos guarde de todo o pecado.
R. Amen.

Deus, que, pela ressurreição do seu Filho unigénito,
vos renovou para a vida eterna,
vos conceda a glória da imortalidade.
R. Amen.

A vós que, terminados os dias da paixão do Senhor,
celebrais com alegria a festa da Páscoa,
Deus vos conceda a graça de chegar um dia
às alegrias da Páscoa eterna.
R. Amen.

A bênção de Deus todo-poderoso,
Pai, Filho e Espírito Santo,
desça sobre vós e permaneça para sempre.
R. Amen.

78. Na despedida, durante toda a oitava, canta-se ou diz-se:
V. Ide em paz e o Senhor vos acompanhe. Aleluia. Aleluia.
R. Graças a Deus. Aleluia. Aleluia.

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