Evangelização

Primeiro pilar: A Evangelização
“Evangelizar constitui a missão essencial da Igreja (…) a sua graça e vocação própria a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar”nº 14 da Evangelii Nuntiandi de Paulo VI Três razões essenciais pelas quais devemos determinar-nos a ser evangelizadores: “A vitalidade e futuro das nossas paróquias depende do nosso desejo e capacidade de sermos fiéis ao chamamento de Jesus, cooperando com o Espírito Santo, para que outros possam ter um encontro com Jesus. É importante construir relações de confiança com os outros para despertar a sua curiosidade espiritual e abertura. A paróquia precisa de encorajar e treinar os seus membros para serem evangelizadores. Precisamos de uma cultura de convite que alimente a confiança e a abertura. Isto exige da parte das comunidades de fé – e daqueles que fazem parte delas – qualidade na aproximação, preparação para o diálogo, paciência, afeto e acolhimento”.(Plano Pastoral da Diocese de Sydney) Pessoas a quem evangelizar Na Unidade Pastoral, há pelo menos três tipos de pessoas a quem nos podemos e devemos dirigir para evangelizar: Evangelizar deve ser algo intencional em tudo o que fazemos com os crentes e os não crentes. O Primeiro Anúncio No centro desta tarefa de evangelização está a […]

“Evangelizar constitui a missão essencial da Igreja (…) a sua graça e vocação própria a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar”nº 14 da Evangelii Nuntiandi de Paulo VI

Três razões essenciais pelas quais devemos determinar-nos a ser evangelizadores:
  1. É um mandato de Jesus. Antes de subir ao céu, Ele deixou-nos a Evangelização como um mandato essencial. Os evangelistas dizem-no com palavras e matizes diferentes, mas em todos é o mesmo mandato de ir e fazer discípulos, batizar, anunciar o Evangelho e dar testemunho.
  2. O mundo tem uma extrema necessidade. Efetivamente, o discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não existe esperança, não há amor e não existe futuro (Bento XVI, Discurso na sessão inaugural da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe – 13.05.2007).
    “O discípulo sabe, por experiência, que não é a mesma coisa ter conhecido Jesus ou não O conhecer, não é a mesma coisa caminhar com Ele ou caminhar tateando, não é a mesma coisa poder escutá-Lo ou ignorar a sua Palavra, não é a mesma coisa poder contemplá-Lo, adorá-Lo, descansar n’Ele ou não o poder fazer. Não é a mesma coisa procurar construir o mundo com o seu Evangelho em vez de o fazer unicamente com a própria razão. Sabemos bem que a vida com Jesus se torna muito mais plena e, com Ele, é mais fácil encontrar o sentido para cada coisa. É por isso que evangelizamos.” (EG, nº266).
  3. Não podemos calar o que nos faz viver: Quem fez a experiência da salvação, não pode calar aquilo que o faz viver, como diziam os primeiros discípulos: “Não podemos calar o que vimos e ouvimos” (At 4,20).

“A vitalidade e futuro das nossas paróquias depende do nosso desejo e capacidade de sermos fiéis ao chamamento de Jesus, cooperando com o Espírito Santo, para que outros possam ter um encontro com Jesus. É importante construir relações de confiança com os outros para despertar a sua curiosidade espiritual e abertura. A paróquia precisa de encorajar e treinar os seus membros para serem evangelizadores. Precisamos de uma cultura de convite que alimente a confiança e a abertura. Isto exige da parte das comunidades de fé – e daqueles que fazem parte delas – qualidade na aproximação, preparação para o diálogo, paciência, afeto e acolhimento”.(Plano Pastoral da Diocese de Sydney)

Pessoas a quem evangelizar

Na Unidade Pastoral, há pelo menos três tipos de pessoas a quem nos podemos e devemos dirigir para evangelizar:

  • partilhamos o Evangelho com aqueles que, para além dos paroquianos, não conhecem Jesus Cristo ou que o recusaram;
  • partilhamos o evangelho com aqueles que, sendo católicos, raramente vão à igreja, encorajando-os e convidando-os a uma profunda relação com Jesus e a comprometer-se com o seu Corpo que é a Igreja;
  • partilhamos ainda o evangelho no serviço pastoral do dia a dia para inflamar os corações dos fiéis.

Evangelizar deve ser algo intencional em tudo o que fazemos com os crentes e os não crentes.

O Primeiro Anúncio

No centro desta tarefa de evangelização está a cultura de convite na paróquia, o testemunho cheio de fé dos discípulos decididos e a proclamação do kerigma, ou a Grande História de Jesus que é a sua vida, morte e ressurreição como revelação do amor e da misericórdia de Deus salvador, para levar ao ENCONTRO PESSOAL com JESUS.

No desejo de partilhar boas novas e desenvolver uma cultura de saída na nossa UP, a oração de intercessão é algo essencial. Nela não olhamos para os nossos próprios interesses, mas para os dos outros, especialmente para aquelas pessoas que desejamos que conheçam Cristo mais profundamente. Mas é fundamental que, através da oração, reconheçamos e confiemos no Espírito Santo, como principal agente da evangelização e aquele que faz crescer. (1 Cor 3, 7).

Segundo Pilar: Serviço e liderança

A liderança é fundamental para continuarmos a missão de Jesus hoje e é uma parte principal na cultura de mudança que desejamos para que as paróquias se tornem centros de discipulado missionário. Liderança para a missão envolve a capacidade de influenciar, servir e mover as pessoas a abraçar o Mandato Missionário de Jesus de ir e fazer discípulos e trabalhar na construção do Reino de Deus. A liderança foi central na vida de Jesus. No meio da multidão que O procurava para ouvir a sua palavra e ser curada por Ele, Jesus encontrava sempre tempo para reunir à Sua volta o seu grupo de futuros líderes, formando-os, corrigindo-os, inspirando-os e convidando-os a segui-l’O de uma forma mais profunda, ajudando-os a ver o que podia ser neles obstáculo a uma boa liderança e criando uma cultura de liderança como serviço.

Jesus expressou a sua compaixão pelo povo que não tinha bons líderes, pois eram como ovelhas sem pastor (Mc 6,34). Censurou os que exerciam a liderança sem espírito de serviço e de amor (Mt 20,25), ou que usaram o seu poder para se servirem a si próprios (Mt 23, 6-7).

Encontrar Cristo e tornar-se seu discípulo significa receber a missão de conduzir outros a Ele. Este padrão na Escritura é incontornável: àqueles que experimentam um profundo encontro com o Senhor, é-lhes depois dada a missão de conduzir outros a Ele. S. Pedro encontra Jesus na pesca milagrosa e é chamado a segui-l’O e a tornar-se “pescador de homens” (Mt 4,19). Da mesma forma, S. Paulo, no seu encontro com Jesus na estrada de Damasco, é chamado para o serviço de Deus de modo tão profundo que escreveu “Ai de mim se não anunciar o Evangelho” (1 Cor 9,16).

Os líderes na paróquia são chamados a discernir e apresentar uma visão atraente de como a paróquia pode e deve cooperar com Espírito Santo para continuar a missão de Jesus hoje e chamar outros para trazer esta visão para a vida.

Na comunidade crente, os líderes também reconhecem e promovem a expressão dos diferentes e multiformes dons e carismas dados pelo Espírito Santo, bem como os variados talentos naturais também dados por Deus. Isto significa que, tal como Jesus desenvolveu, formou e equipou os doze discípulos, os líderes missionários procuram identificar e equipar outros líderes na comunidade cristã para servir o Evangelho. A graça do discipulado não é apenas um dom para nós próprios: foi-nos dada para ser partilhada com outros através da nossa participação na missão de Deus, para reconciliar o mundo com Ele (Cf 2 Cor 5,19).

Um outro apelo da liderança é concretizar os planos que fazem avançar a visão da paróquia para a tornar realidade concreta. Os líderes da paróquia trocam ideias, deliberam, discernem em oração e decidem as prioridades, fazem planos e reúnem os diversos dons necessários para cumprir a visão da paróquia.
As comunidades voltadas para a missão, que procuram alargar o seu alcance e chegar mais longe neste compromisso, requerem líderes que trabalhem juntos num espírito de comunhão e corresponsabilidade.
“E foi Ele que a alguns constituiu como Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres, em ordem a preparar os santos para uma atividade de serviço, para a construção do Corpo de Cristo”. (Ef 4,11-12)

No inquérito aos jovens da nossa Diocese, muitos falam da importância de ações de voluntariado (dentro e fora da comunidade eclesial), da ajuda aos mais pobres das comunidades, das campanhas solidárias e financeiras para ajudar os vários grupos nas atividades durante o ano, das ações na defesa e no cuidado da natureza.

Num tempo de poucas causas, certamente que todos já percebemos a importância e a relevância do voluntariado e da ecologia. A Igreja precisa de tomar estes dois temas com ações concretas e dinamismos próprios para que sejam não apenas ações sociais, mas atitudes de profundo encontro com Cristo e com o Criador.

Terceiro Pilar: Comunidade

Como vemos na vida e ministério de Jesus, os discípulos são chamados a viver e crescer numa comunidade. É a partir deste viver em comunhão de fé que eles são enviados até aos confins do mundo, para levar a Boa Notícia de Jesus Cristo através das suas palavras e dos seus atos. Discipulado e comunidade estão intrinsecamente ligados, pois o ser discípulo do Senhor começa e continua com um encontro pessoal e íntimo com Ele, que nunca é individualista ou privado.

Assim, a nossa fé católica dá uma forte ênfase à comunhão no louvor e na adoração. Acredita na comunhão dos santos que existe entre a Igreja na terra e no céu e nos benefícios espirituais, humanos, pastorais e intelectuais de fazer as coisas juntos.

A importância da comunidade para o nosso desenvolvimento humano e a nossa vida espiritual é incontornável.

Todos temos uma necessidade básica de comunidade e ela é essencial para qualquer outro bem, para as nossas relações pessoais e familiares, para o cuidado com nossa saúde e vulnerabilidades, para a educação na verdade, para a formação moral, e para a transmissão e desenvolvimento integral da própria vida.

Além disso, muita gente no mundo de hoje deseja comunidade. Muitos experimentaram o isolamento social e a desconexão como resultado da pandemia da COVID-19, e estas restrições tão faladas só aumentaram o profundo desejo de comunhão.

No seu ministério, Jesus expressa o Seu desejo e preocupação pela unidade da humanidade. No seu discurso de despedida, Ele reza para que “todos sejamos um” (Jo 17,21). A comunhão de vida, pela qual Jesus reza aqui, não é apenas uma reunião de indivíduos, mas uma verdadeira comunhão marcada pela caridade. “Para que todos saibam que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35). Em Cristo, os discípulos são chamados por Jesus a estarem unidos como um só corpo e a serem promotores da justiça e da reconciliação, em comunhão uns com os outros, como testemunhas de cura e esperança e, com um só coração e uma só alma, serem pregadores da misericórdia de Deus no meio de um mundo dividido e disperso.

Para este testemunho de comunhão de pessoas, a “Igreja doméstica”, as nossas famílias, são mais importantes do que alguma vez foram como “casa de fé”. Como o descreve o Papa Francisco, a paróquia é Família de famílias, e a renovação da vida familiar é um dom precioso para a Igreja no nosso tempo e para a sociedade como um todo. A paróquia é também uma comunidade de comunidades, agraciada com diversos grupos de pertença, sejam eles de caráter evangelizador (células, Alpha), catequético (grupos de pais), de apoio a necessidades (Atelier do Tempo e do Saber), sócio caritativos (Caritas paroquial), litúrgicos (coros), entre muitos outros. Cada grupo deve ser encorajado e capacitado para contribuir com o seu dom particular para a vitalidade da paróquia como um todo.

Quarto Pilar: Formação

Nas Escrituras nós vemos que, na vida de Jesus, a formação dos seus seguidores é central para crescerem no discipulado e entrarem como colaboradores da sua missão. Através das suas palavras e obras, Jesus ensina os Seus discípulos como interpretar as Escrituras (Lc 24,25-27), como orar (Mt 6,5-14) e como estar atento à vida interior (Mc 7,14-23). Ele ensina também os Seus apóstolos a estarem vigilantes na vida espiritual (Mt 24,42-44; Mc 13,33; Lc 12,40), acerca da vida moral (Mt 5,21-29), sobre a importância do perdão (Mc 11, 25) e como responder pastoralmente à missão (Mc 2,15-17; Mt 9,10). Ensina ainda sobre o perigo do apego aos bens e ao dinheiro, assim como a importância de manter um coração simples e humilde como o das crianças. Nas Bem-aventuranças, dá-nos um retrato de Si mesmo e convida-nos a segui-l’O por aquele caminho, que é o Seu, tão ao contrário dos caminhos do mundo. Ele deixa bem claro aos Seus discípulos que não é possível entrar no Reino que Ele veio inaugurar e tornar-se Seu discípulo/seguidor, se não se nascer de novo por uma conversão do coração e da mente.

A nossa decisão consciente de colocar o grande Mandato Missionário de Jesus no centro da identidade e da ação das nossas paróquias significa discernir e decidir novos modos de prover formação cristã de modo a permitir às nossas comunidades e paroquianos crescer em Cristo como discípulos-missionários.
O processo formação de discípulos é um processo gradual, feito ao longo da vida, de conversão a Jesus Cristo como discípulo missionário. Ser discípulo é ser aprendiz que se senta aos pés de Jesus, cresce na fé e na compreensão das Suas palavras e é enviado como testemunha a comunicar aos outros a verdade do amor de Deus em Cristo: “Estai sempre prontos para responder a quem vos pergunte sobre a razão da vossa esperança” (1 Pd 3,15).

O kerigma, ou a “Grande História de Jesus”, é o coração da formação cristã, como vemos nos Atos dos Apóstolos (por exemplo, At 10,34-43). É a proclamação da vida, morte e ressurreição de Jesus como a revelação do amor e da misericórdia salvadoras de Deus. Diz o Papa Francisco: “Não se deve pensar que, na catequese, o kerigma é deixado de lado em favor duma formação supostamente mais «sólida». Nada há de mais sólido, mais profundo, mais seguro, mais consistente e mais sábio que esse anúncio. Toda a formação cristã é, primariamente, o aprofundamento do kerigma que se vai, cada vez mais e melhor, fazendo carne, que nunca deixa de iluminar a tarefa catequética, e permite compreender adequadamente o sentido de qualquer tema que se desenvolve na catequese.” (EG,165).

O objetivo da formação cristã é a identificação com Cristo, o Filho de Deus, como nos diz Paulo na carta aos Efésios:

“Que Cristo, pela fé, habite nos vossos corações; que estejais enraizados e alicerçados no amor, para terdes a capacidade de apreender, com todos os santos, qual a largura, o comprimento, a altura e a profundidade (…) a capacidade de conhecer o amor de Cristo, que ultrapassa todo o conhecimento, para que sejais repletos, até receberdes toda a plenitude de Deus.”(Ef 3,17)

E ainda em Romanos:

“Porque àqueles que Ele de antemão conheceu, também os predestinou para serem uma imagem idêntica à do seu Filho, de tal modo que Ele é o primogénito de muitos irmãos.”(Rom 8, 19)

No mandato missionário Jesus disse aos discípulos:

“Ensinai-os a cumprir tudo quanto vos mandei.”(Mt 28,19-2)

Há quatro tipos de formação cristã de que os discípulos precisam: humana, espiritual, doutrinal e pastoral.

A formação humana ajuda o discípulo a crescer como adulto amadurecido que tem as virtudes necessárias para viver a sua vida em plenitude. A formação humana pode envolver a psicologia, hábitos e virtudes.

Diz o Papa João Paulo II na “Christifideles laici”:
“No contexto da formação integral e unitária dos fiéis leigos, é particularmente significativo, para a sua ação missionária e apostólica, o crescimento pessoal no campo dos valores humanos.”
Precisamente neste sentido, o Concílio escreveu:
“(os leigos) tenham também em grande conta a competência profissional, o sentido da família, o sentido cívico e as virtudes próprias da convivência social, como a honradez, o espírito de justiça, a sinceridade, a amabilidade, a fortaleza de ânimo, sem as quais nem sequer se pode dar uma vida cristã autêntica”.(cf CVII 216)

A formação doutrinal dos fiéis leigos mostra-se hoje cada vez mais urgente, não só pelo natural dinamismo de aprofundar a sua fé, mas também pela exigência de “racionalizar a esperança” que está dentro deles, perante o mundo e os seus problemas graves e complexos. Tornam-se, desse modo, absolutamente necessárias uma sistemática ação de catequese, a dar-se gradualmente, conforme a idade e as várias situações de vida, e uma mais decidida promoção cristã da cultura, como resposta às eternas interrogações que atormentam o homem e a sociedade de hoje.

Em particular, sobretudo para os fiéis leigos de várias formas empenhados no campo social e político, é absolutamente indispensável uma consciência mais exata da doutrina social da Igreja, como repetidamente os Padres sinodais recomendaram nas suas intervenções. Falando da participação política dos fiéis leigos, assim se exprimiram:

“Para que os leigos possam realizar ativamente este nobre propósito na política (isto é, o propósito de fazer reconhecer e estimar os valores humanos e cristãos), não são suficientes as exortações, é preciso dar-lhes a devida formação da consciência social, sobretudo acerca da doutrina social da Igreja, a qual contém os princípios de reflexão, os critérios de julgar e as diretivas práticas” (cf. Congregação para a Doutrina da Fé, Instrução sobre liberdade cristã e libertação, 72). CFL nº 60.

A formação espiritual ajuda o discípulo a entrar na aprendizagem da oração na qual ele ou ela experimentam a verdadeira conversão pessoal com Deus, e introduz o discípulo nas tradições que podem aprofundar este encontro, tais como retiros e peregrinações. Este alimento espiritual é essencial à missão de evangelização.

“Esta vida de íntima união com Cristo na Igreja é alimentada pelos auxílios espirituais comuns a todos os fiéis e, de modo especial, pela participação ativa na sagrada Liturgia(5); e os leigos devem servir-se deles de tal modo que, desempenhando corretamente as diversas tarefas terrenas nas condições ordinárias da existência, não separem da própria vida a união com Cristo, mas antes, realizando a própria atividade segundo a vontade de Deus, nela cresçam.” (Apostolicam actuositatem 4, Concílio Vaticano II).

A Formação pastoral é sobre como os discípulos evangelizam, construindo o Corpo de Cristo. A formação pastoral ajuda os discípulos a equiparem-se para a evangelização e para levar outros ao encontro com Cristo através de uma comunicação do Evangelho persuasiva que toque os outros e os leve a um dinamismo de conversão. Se a conversão é um processo e não algo instantâneo, então a comunidade, procurando fazer discípulos, beneficiará se apresentar etapas claras para as pessoas caminharem e seguirem um caminho de discipulado através do qual possam crescer.

Quinto Pilar: Celebração do Culto Divino

A celebração da Liturgia, ou Culto Divino, é o primeiro e fundamental propósito da Igreja, a fonte e o cume de tudo o que a Igreja faz.

Todo o discípulo, ou comunidade de discípulos, precisa, pois, de crescer nesta relação amorosa com Deus que se realiza através das variadas formas de oração que a Tradição cristã nos deixou e o Espírito constantemente renova, bem como na celebração festiva dos sacramentos.

Jesus disse:
“Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim.” (Jo 15, 4)
“Eram assíduos à fração do pão e às orações.” (At 2, 42-22)

O próprio Jesus deu o exemplo aos discípulos, pois viam-no a orar longamente antes do nascer do sol, ao sol posto e a qualquer hora. Ele próprio os ensinou a rezar e deu-lhes o critério da oração cristã, O Pai Nosso.

“A razão mais sublime da dignidade do homem consiste na sua vocação à união com Deus. É desde o começo da sua existência que o homem é convidado a dialogar com Deus: pois, se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele por amor constantemente conservado.” (GS, n.º 19)