Missa
Apresentação do Senhor – FESTA
Antífona de entrada Cf. Sl 47, 10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia no meio do vosso templo. Toda a terra proclama o louvor do vosso nome, porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.
Diz-se o Glória.
Oração coleta
Deus todo-poderoso e eterno, humildemente Vos suplicamos que, assim como o vosso Filho unigénito foi neste dia apresentado no templo, revestido da natureza humana, assim também, de alma purificada, nos apresentemos diante de Vós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Ml 3, 1-4
«Entrará no seu templo o Senhor a quem buscais»
Leitura da Profecia de Malaquias
Assim fala o Senhor Deus: «Vou enviar o meu mensageiro, para preparar o caminho diante de Mim. Imediatamente entrará no seu templo o Senhor a quem buscais, o Anjo da Aliança por quem suspirais. Ele aí vem – diz o Senhor do Universo –. Mas quem poderá suportar o dia da sua vinda, quem resistirá quando Ele aparecer? Ele é como o fogo do fundidor e como a lixívia dos lavandeiros. Sentar-Se-á para fundir e purificar: purificará os filhos de Levi, como se purifica o ouro e a prata, e eles serão para o Senhor os que apresentam a oblação segundo a justiça. Então a oblação de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias antigos, como nos anos de outrora.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 23 (24), 7.8.9.10 (R. 10b)
Refrão: O Senhor do Universo é o Rei da glória.
Levantai, ó portas, os vossos umbrais,
alteai-vos, pórticos antigos,
e entrará o Rei da glória.
Quem é esse Rei da glória?
O Senhor forte e poderoso,
o Senhor poderoso nas batalhas.
Levantai, ó portas, os vossos umbrais,
alteai-vos, pórticos antigos,
e entrará o Rei da glória.
Quem é esse Rei da glória?
O Senhor dos Exércitos,
é Ele o Rei da glória.
LEITURA II Hebr 2, 14-18
«Devia tornar-Se semelhante em tudo aos seus irmãos»
Leitura da Epístola aos Hebreus
Uma vez que os filhos dos homens têm o mesmo sangue e a mesma carne, também Jesus participou igualmente da mesma natureza, para destruir, pela sua morte, aquele que tinha poder sobre a morte, isto é, o diabo, e libertar aqueles que estavam a vida inteira sujeitos à servidão,
pelo temor da morte. Porque Ele não veio em auxílio dos Anjos, mas dos descendentes de Abraão. Por isso devia tornar-Se semelhante em tudo aos seus irmãos, para ser um sumo sacerdote misericordioso e fiel no serviço de Deus, e assim expiar os pecados do povo. De facto, porque Ele próprio foi provado pelo sofrimento, pode socorrer aqueles que sofrem provação.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Lc 2, 32
Refrão: Aleluia. Repete-se
Luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo. Refrão
EVANGELHO Forma longa Lc 2, 22-40
«Os meus olhos viram a vossa salvação»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito.
Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo». O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d’Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: «Este Menino foi estabelecido
para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; – e uma espada trespassará a tua alma – assim se revelarão os pensamentos de todos os corações».
Havia também uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada
e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva até aos oitenta e quatro.
Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor,
voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia e tornava-Se robusto, enchendo-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.
Palavra da salvação.
EVANGELHO Forma breve Lc 2, 22-32
«Os meus olhos viram a vossa salvação»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor:
«Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele.
O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo».
Palavra da salvação.
Meditação da Palavra de Deus: Reflexão
Peregrinos da Esperança: Que belas figuras o evangelho põe à nossa reflexão neste ano Jubilar da Esperança. Estes dois anciãos mostram-nos o que é amadurecer na confiança e na esperança em Deus, bem como na paciência, virtudes que andam ligadas. Na forma breve que escolhemos para não ocupar demasiado espaço nesta folha, não aparece a figura de Ana de Fanuel mas só a de Simeão.
Daquela, é-nos dito que “Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.”
De Simeão diz-se-nos que «esperava a Consolação de Israel e que o Espírito Santo que estava nele, lhe revelara que não morreria antes de ver o Messias do Senhor. Ambos esperavam a realização das promessas de Deus. Em toda a sua vida foram guiados pela Luz da Esperança. Imagino que tiveram dúvidas, dificuldades e desilusões, mas mantiveram-se firmes sem cederem ao derrotismo.
Todas as noites, na oração de completas, a Igreja, na sua Liturgia das Horas, reza este cântico de Simeão: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo».
Simeão reconhece que a Sua grande esperança está realizada. Esperou com paciência, mas valeu a pena pois agora tem a Esperança viva nos braços, Aquele Menino que Ele contempla é a própria Esperança dos homens, é o Seu Salvador. Simeão e Ana podem agora gritar a toda a gente aquilo que no fundo já sabiam, mas agora está atestado a esperança em Deus não desilude nem dececiona.
Esperança e paciência, diz-nos o Papa Francisco andam ligadas, pois tanto Simeão como Ana não lhes deve ter sido fácil manterem—se firmes quando não viam nada acontecer…mas foi a paciência que os ajudou a manterem-se na luz. E quando dizemos paciência, dizemos perseverança, constância, firmeza. A Eucaristia é o sacramento da nossa esperança imortal.
Jesus disse repetidamente: Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Ela é o banquete que nos prepara e aponta para a festa no céu. No célebre Cântico atribuído a S. Tomás e Aquino, Oh Sacrum Convivium, é dito: “Oh Sagrado banquete em que se recebe Cristo e se comemora a sua paixão em que alma se enche de graça e nos é dado o penhor da futura glória.”
Na hóstia consagrada nós não vemos Cristo, mas sabemos que É Ele que está connosco no seu corpo, sangue, alma e divindade. E se nós comungamos o Corpo gloriosamente ressuscitado de Jesus que foi morto por nós, como não esperar na promessa que Ele nos fez de que também participaremos a sua ressurreição. Mas é uma esperança cheia de fundamento. Temos connosco o penhor da vida eterna, a garantia plena de que Deus realizará o que promete. Mas para isso temos de saber quem comungamos e identificar-nos cada vez mais com Ele.
Visitemos a exposição dos Milagres eucarísticos e demo-nos conta do amor divino que veio em ajuda de tantos para lhes mostrar que é Ele mesmo e não apenas um rito simbólico, aquele que comungamos ao Domingo na Eucaristia.
Diz-se o Credo.
Oração sobre as oblatas
Senhor, que, na vossa bondade, quisestes que o vosso Filho unigénito Se oferecesse a Vós, como Cordeiro sem mancha pela vida do mundo, fazei que Vos seja agradável a oblação da vossa Igreja em festa. Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio O mistério da Apresentação do Senhor
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte. Hoje, o vosso Filho, eterno como Vós, é apresentado no templo e proclamado pelo Espírito glória de Israel e luz das nações. Por isso, vamos com alegria ao encontro do Salvador e, com os anjos e os santos, proclamamos a vossa glória, dizendo (cantando) numa só voz: Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do universo. O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hossana nas alturas. Bendito O que vem em nome do Senhor. Hossana nas alturas.
Antífona da comunhão Lc 2, 30-31
Os meus olhos viram a salvação que oferecestes a todos os povos.
Oração depois da comunhão
Deus de bondade, que respondestes à esperança de Simeão, confirmai em nós a obra da vossa graça: assim como lhe destes a alegria de receber em seus braços, antes de morrer, a Cristo vosso Filho, concedei que também nós, fortalecidos por estes sacramentos, caminhemos ao encontro do Senhor e alcancemos a vida eterna.
Por Cristo nosso Senhor.